Três mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão domiciliar e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (26) nas cidades de Feira de Santana e Serrinha, cidades que ficam a 100 km e 180 km de Salvador, respectivamente.
A operação da Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Estadual e a Força Correcional Integrada foi deflagrada depois que o advogado de um suspeito preso em outra operação determinou que os comparsas destruíssem provas que estavam armazenadas em meio digital.
Os nomes dos presos na operação não foram divulgados e também não foi informado se o advogado citado é uma das pessoas que tiveram o mandado de prisão cumprido.
A Polícia Federal informou apenas que este advogado patrocina a defesa de um dos suspeitos presos na Operação El Patrón, deflagrada em dezembro de 2023. Na ocasião, o deputado estadual Binho Galinha e três policiais militares passaram a ser investigados por formação de grupo miliciano.
Na época, foram cumpridos:
.O deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, é investigado pela Polícia Federal como chefe de uma milícia responsável por lavagem de dinheiro em Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador.
As investigações apontaram que o grupo é suspeito por lavar dinheiro de jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada e desmanche de veículos. Em um dos imóveis inspecionados pela Polícia Federal, foram encontradas milhares de peças de carros.
Entre os presos na operação, estão três policiais militares e familiares de Binho Galinho. Entenda a função que cada um desempenhava no grupo criminoso:
João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano: filho do deputado estadual. Ele era responsável por receber o dinheiro do crime desde quando ainda tinha menos de 18 anos. Ele repassou para o pai cerca de R$ 474 mil.
Mayana Cerqueira da Silva: esposa do deputado estadual. As investigações apontaram movimentação financeira incompatível com os rendimentos declarados à Receita Federal e a maioria das transações feitas por ela envolvem os outros suspeitos.
Jorge Vinícius de Souza Santana Piano: principal operador financeiro da organização criminosa e amigo de Binho Galinha. Conforme investigações, ele movimentou mais de R$ 39 milhões, o que não condiz com o que foi declarado à Receita Federal.
Jackson Macedo Araújo Júnior: policial militar. Conforme investigações, ele movimentou quase R$ 4 milhões, o que não condiz com a condição econômica declarada à Receita Federal.
Josenilson Souza da Conceição: policial militar e bacharel em direito, o suspeito movimentou em suas contas pouco mais de R$ 1,7 milhão, o que não condiz com o que foi declarado à Receita Federal.
Roque de Jesus Carvalho: policial militar, movimentou mais de R$ 9 milhões entre janeiro de 2013 e março de 2023, o que não condiz com o que foi declarado à Receita Federal nestes 10 anos.
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