Começo esta carta afirmando, sem qualquer hesitação, que o senhor é um covarde!
Sua conduta, desprovida de ética e respeito, não apenas escancara sua completa ausência de caráter, mas também revela o homem medíocre e vil que o senhor escolheu ser. Que tipo de formação moral o senhor teve? Seria o reflexo de pais ocupados, mais em subtrair o erário público, deixando-o crescer sem qualquer noção de humanidade e integridade? Ou, pior ainda, foi educado para ser um ardiloso, um mestre na artimanha, um fiel discípulo dos métodos inescrupulosos de mafiosos e gângsteres?
É repulsivo ver alguém na posição de governador se comportar com tamanha mesquinhez e desrespeito ao povo que confiou – ou foi forçado a tolerar – sua governança. O senhor governa não para servir, mas para explorar; não para proteger, mas para manipular; não para honrar seu mandato, mas para satisfazer interesses escusos e perpetuar um sistema podre de corrupção e descaso.
O senhor tem a obrigação moral de revogar imediatamente essa lei absurda, injusta e completamente desconexa da nossa Constituição nacional, que é a 10.820/24. Uma aberração legislativa que não apenas precariza toda a estrutura educacional paraense, mas também retira, de forma cruel e desumana, o sustento de professoras e professores por meio de cortes arbitrários nos proventos. Essa medida não é apenas um ataque à dignidade desses trabalhadores, mas também um golpe direto no futuro de centenas de famílias que dependem desses profissionais.
E o que dizer do crime cometido contra a educação indígena? Que vergonha imensurável é querer substituir professores, pilares da preservação cultural e educacional, por televisores! Essa tentativa é um insulto não apenas às comunidades indígenas, mas a todos que ainda acreditam em uma educação de qualidade e inclusiva.
É evidente que o povo paraense não é tolo e enxerga suas intenções. Trocar educação por precarização, desenvolvimento por desmonte e dignidade por interesses escabrosos só confirma que o senhor sabe muito bem "a quem puxa" quando se trata de tomar aquilo que não lhe pertence e agir contra o interesse público.
O senhor não é apenas um fracasso como gestor, mas também uma vergonha como ser humano. Sua figura pública é o retrato da hipocrisia: um homem pequeno, escorado em discursos vazios e ego avantajado. Sua covardia política e moral é uma afronta a todos que ainda acreditam na força da democracia e da justiça.
Mas fica aqui um lembrete aos Barbalho, Zaluht e Centeno: o tempo e a história são implacáveis. Seus atos – ou a falta deles – serão cobrados. Não haverá riqueza ou influência capaz de apagar o rastro de maldade que vocês estão deixando. E, quando esse momento chegar, não haverá esconderijo suficiente para protegê-los daquilo que os senhores mais temem: a prisão.
Que a vergonha os alcance, mesmo que a consciência lhes falte.
Almino Henrique – Artista Professor e Cidadão
Nota: Não consewguimos contato com a assesoria do Governador, o espaço esta disponivel para as considerações necessarias.